Um comentário em “O sapo e a princesa

  1. E foi assim que se casaram. Tiveram três filhos: um menino (cujo nome é Cururu) e duas meninas (Perereca de Banheiro e Perereca de Inverno). Certo dia, tendo a falsa princesa tomado umas caipirinhas a mais do que o habitual, visto que só a embriaguez diária era capaz de anular a desgraça que fizera de se unir em matrimônio a um sapo, visto toda esta miséria da infame, pela primeira vez, achou que Sapiente (pois este é o nome do sapo), olhando assim de lado e apertando bem os olhos, tinha lá seus encantos, afinal. Que agora já não era lá tão asqueroso quanto se lhe mostrava. Mais até: que lhe parecera mesmo um belo e garboso príncipe. Beijou-o tanto e tanto que, com más intenções, deixou-o desacordado e quase morto. Ora, passando por ali assim como de costume uma comitiva real, fez-se apear de certa carruagem tão formosa princesa que ninguém ousava deitar-lhe vista. Condoída com tal cena, tendo se informado dos pormenores com os assistentes, ajoelhou-se e socorreu Sapiente, beijando-lhe a boca, puxando e soprando-lhe ar aos pulmões. No mesmo instante, tornara-se o asqueroso sapo em um lindo e espadaúdo príncipe, cujo a princesa, (que era princesa de verdade) tomou-o por esposo, pois era o mais belo dos príncipes que já deitara os céus dos olhos. E viveram felizes para sempre. The End.

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