6 comentários em “Ei, você!

  1. Eu acho que a academia não aceita quadrinho como literatura porque, por causa das imagens, não dá para analisar com as mesmas técnicas com que se analisam os romances, contos e poemas. Essa tirinha acima, por exemplo, tem quatro quadrinhos sem texto nenhum. Quem está acostumado a analisar só texto e nenhuma imagem vai analisar o quê?

    1. Tou por fora das discussões da “academia”. Mas entendo assim: Se um quadrinho é uma narrativa, é literatura. Afinal, estamos acompanhando em um quadrinho a construção de um roteiro na qual as imagens dão mais clara a ideia do autor, ao invés do autor recorrer a descrever toda a cena. Mesmo livros antigos tinham ilustrações para auxiliar a definir personagens e cenas.

      Imagine um texto literário deste quadrinho: “Em um canto escuro, um ser envolto nas sombras, com sua silhueta similar a de uma caveira, chama a atenção de um outro personagem humano, dizendo: ‘Ei, você!’. Em seguida, o ser sai das sombras, se revelando uma caveira realmente e questionando o personagem humano correndo atrás do mesmo: ‘Quadrinho é literatura?'”

      Um texto literário de uma imagem serve nos tempos atuais como ferramenta de inclusão a deficientes, diga-se. Pois leitores de texto-para-voz podem com isso narrar o que então é visto por alguém sem deficiência.

      No fim, ambos estão de braços dados um com outro. Sem uma narrativa literária, um quadrinho fica sem roteiro e sem história. Sem uma ilustração, mesmo que descrita, um texto pode se limitar dependendo de seu autor.

  2. É difícil a vida de quadrinista/humorista… Também é aplicável o: “Ei, pode fazer um trabalho pra mim? Não pago em dinheiro mas você vai divulgar seu trabalho!”

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